sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Anestesia para ressecção de Feocromocitoma

Tumor funcionante de células cromafins produtora de epinefrina (E), norepinefrina (NE).

A ressecção cirúrgica do feocromocitoma talvez seja tecnicamente difícil e a manipulação tumoral libera NE e E, causando instabilidade hemodinâmica intra-operatória e significativa morbidade.

Sintomas clássicos

Cefaléia, sudorese, palpitações, podendo ser provocado por exercício, ansiedade ou mudança de posição.

Hipertensão e taquiarritmia que pode ser constante ou episódica.

Hipotensão postural é comum.
Evolução para cardiomiopatia e ICC.

Avaliação e Recomendações Pré-Anestésicas

  1. Administrar fentolamina VO durante 10-14 dias. Este alfa-bloqueador tem efeito vasodilatador;
  2. Hidratar o paciente;
  3. Beta-bloqueadores nos casos de taquiarritmia ou taquicardia persistente, e sempre em conjunto com alfa-bloqueador, afim de não intensificar efeito alfa da noradrenalina e da adrenalina. O labetalol ou esmolol pode ser preferido ao propanolol.

Monitorização Anestésica

Monitorização padrão.

Monitorização invasiva (PVC, catéter artéria pulmonar).

Avaliar débito urinário.

Recomendações Anestésicas

  • Técnica anestésica indicada é a anestesia geral balanceada, reservando bloqueio regional para cesariana complicada com PHEO;

  • Indução anestésica com drogas que evitem liberação de histamina;

  • Atingir nível profundo de anestesia com lidocaína EV e agentes inalatórios antes da intubação traqueal;

  • Preferir bloqueadores neuromusculares adespolarizantes como pancurônio (evitem liberação de histamina);

  • Evitar halotano (risco de arritmia);

  • Hipertensão arterial no trans-operatório pode ser tratado com administração de nitroprussiato de sódio, fentolamina e parar de manipular o tumor;

  • Arritmia no trans-operatório pode ser contornado com lidocaína EV e B-Bloqueador;

  • A hipotensão após remoção do tumor pode ser corrigida com fluidoterapia e vasopressor;

    Corrigir hipoglicemia pós-operatória.

Artigo retirado do site do Dr. Carraretto

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